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terça-feira, 15 de setembro de 2009

Artigo: "Mulheres e Comunicação: Uma Expressão de Conhecimento de Gênero

MULHERES E COMUNICAÇÃO

“Uma expressão de conhecimento de gênero”

Então somos todas comunicadoras. Independente de estudantes ou não de comunicação social.


Informamos através de dados estatísticos que cada vez mais somos arrimo* de família; dividimos com a população nacional/mundial nosso interesse de ocupar o mercado de trabalho, como nossas qualificações nos permitem e asseguram; Avisamos que não seremos mais exploradas sexualmente e/ou humilhado-diminuídas moralmente, seja dentro de nossas casas, seja em nosso ambiente de trabalho.

O diferenciamento que se deve ser exigido, se diz respeito à qualidade e veracidade de informações sobre dados feministas e o acesso a essas informações.

Temos como dado estatístico, que mesmo depois de dois anos da criação da Lei Maria da Penha, apenas 2% dos agressores sofrem algum tipo de pena. Primeira pergunta: por que a lei não se cumpre?

Em conversa com uma moradora do Alto José do Pinho (Recife/PE), recebi a informação de que hoje, muito mais mulheres são assassinadas por seus “companheiros” e a razão dada é: “mortas, as mulheres não apresentam queixas” (dito assim, com essas palavras mesmo). Em outra conversa (essa ouvida em uma conversa feita por dois homens, dentro de um transporte público da mesma cidade), ouvi que: “Agora bater não é mais a saída, por que se o homem ‘dá uma tapa’ é preso e tido como covarde. Se ele mata, ele ‘tem a moral’. – Ele matou por que ela era safada”. (Dito assim, com essas palavras mesmo)

Segunda pergunta: esses homens e mulheres conhecem a Lei Maria da Penha?

Terceira pergunta: a Lei assegura que o estado garanta a segurança dessas mulheres, depois da queixa prestada?

Queremos essas informações e temos direito a elas. Como contribuintes. Como telespectadoras.

Quarta pergunta: se os meios de comunicação não servem para comunicar, pra que eles servem?

Não queremos mais seriados adolescentes que ensinem (ou tenham tal pretensão) qual a roupa mais legal para esse verão. Queremos campanhas veiculadas em meios de comunicação que atinjam todas as classes sociais, sobre o uso de métodos contraceptivos. Não queremos mais campanhas publicitárias dizendo que “você PRECISA de um tempo na sua vida pra ser mais bonita”. Queremos que os meios de comunicação sejam eficientes no combates as opressões de gênero, de raça, de classe social.

Quinta pergunta: esse texto, construído por uma mulher, estudante de jornalismo, no 1° período, seria veiculado em alguma ‘dita’ grande empresa de comunicação, mesmo tento informações para a sociedade como um todo?

Você pergunta. Você responde.


Então... Somos todas comunicadoras.


*****Artigo de Bárbara Vasconcelos, Militante do Movimento Mudança Universitário de Pernambuco

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