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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Os Reflexos da Crise Econômica na Juventude Brasileira


Os Reflexos da Crise Econômica na Juventude Brasileira

É tempo de crise. Em todo mundo os governos implementam políticas de contenção daquilo que se chama recessão na economia.

Originada pelo sistema de especulação financeira, a crise econômica começa a apresentar seus reflexos na economia real da população. Desemprego, alta dos alimentos e combustíveis, são algumas reações provocadas pela irresponsabilidade da auto regulação do mercado.. Dependente do humor financeiro dos especuladores, a economia mundial se vê hoje com a necessidade de rever sua própria dinâmica de funcionamento, já que forçados pelo atual conjuntura, até mesmo a elite, vem a defender a intervenção do Estado na economia.

A defesa desta intervenção sempre foi feita pelos movimentos sociais e partidos de esquerda, que propuseram ao longo da história a necessidade do Estado ser indutor das políticas sócio-econômicas. Esta proposição sempre visou que a economia fosse gerida a fim de atender as grandes demandas populares, na perspectiva da distribuição de renda para diminuição da pobreza e da desigualdade social. Com sua linguagem falseada e sustentada pelos grandes meios de comunicação, a elite brasileira está organizada para levar suas "propostas" de contenção da crise a cabo. Flexibilização e cortes de gastos, são algumas das nomenclaturas mais usadas neste momento. A FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), por exemplo, alem de pedir ajuda financeira, entregou ao governo federal uma proposta de flexibilização das leis trabalhistas. Flexibilização que fundamentalmente se resume a redução dos salários dos trabalhadores. Ou seja, mais uma vez quem paga o pato são as classes de baixa renda, que em momento algum tiveram responsabilidade no surgimento desta crise. No mesmo sentido a juventude de nosso país é afetada. Segmento que representa cerca de 40% da mão de obra no Brasil, hoje se vê mais uma vez nas mãos do sistema financeiro como objeto de garantia da continuidade do sistema capitalista.

Alem disso, por conta da proliferação das universidades particulares realizada na década de 90, boa parte dos estudantes destas instituições corem grandes riscos de terem seus estudos parados, já que varias destas universidades, como a Unianhanguera, tem ações na bolsa de valores, que neste momento propõe corte de gastos em sua estrutura interna.

Jovens trabalhador@ s que lutam para concluir um curso superior, vêm suas vidas estudantis em risco por conta da gula financeira dos tubarões de ensino.

Neste sentido o movimento estudantil em conjunto com o movimento social, precisa organizar ações que embasadas numa proposta de contenção da crise, possa interferir diretamente pra que a juventude e o povo brasileiro não sejam obrigados a pagarem uma fatura que não são suas. Mobilizações em torno de bandeiras concretas são fundamentais para que a classe trabalhadora, através dos movimentos sociais, seja ouvida neste momento. Devemos ir para as ruas defender a redução da jornada de trabalho sem redução de salários, para que haja geração de emprego em nosso país na contraposição aos cortes de gastos (lê-se cortes de verbas para educação e saúde) propostos pela elite. Devemos ir para as ruas defender 10% do PIB para educação, pois é através da expansão da educação publica, gratuita, emancipadora e cidadã que vamos garantir o desenvolvimento de nosso país produzindo pesquisa, ciência e tecnologia para atender as demandas populares. Acima de tudo devemos ir paras as ruas defender MAIS ESTADO, para frear as conseqüências danosas da auto regulação do mercado.

A juventude brasileira precisa estar atenta a esta nova conjuntura, pois o nosso protagonismo irá derrotar de vez o neoliberalismo no mundo, influenciando para a construção de um novo modelo de sociedade. A disputa de corações e mentes deve ser feita dia a dia, na busca da mudança de valores e da cultura, fazendo com que as pessoas cada vez mais defendam o meio ambiente e a vida em detrimento do capital.

Esta disputa é central para influenciarmos na construção de um país cada vez mais democrático e soberano, onde a juventude não seja refém daqueles que só pensam em seu próprio bem estar.



*****Escrito Por Tales de Castro Cassiano, Vice-Presidente da UNE, Militante do Movimento Mudança e do Movimento de Ação e Identidade Socialista - PT.

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